quarta-feira, 15 de abril de 2009

Vão-se os gatos, passeiam os ratos


Por: Thomas Sastre
Ao que parece, tudo indica que as coisas do nosso interesse só caminham bem se forem prestadas algumas “gentilezas” às pessoas de quem dependem a solução. Hoje a sociedade não está muito preocupada com quem quer trabalhar e produzir. Se não entrarem em um esquema qualquer, não terão chance ou espaço. Afinal das contas:” carro que chia quer untura.”
Foi aberta a temporada da caça aos ratos. A medida que a sociedade está se organizando através de associações, ficando mais esclarecida os roedores do dinheiro público cada vez estão com mais receio. Mas os roedores, do reino animal, estão se proliferando cada vez mais no município. Vocês tem reparado porque tem surgido uma quantidade de cobras em tudo que é lugar? Escolas públicas, pousadas, casas de família, e principalmente em terrenos descampados. A falta de higiene esgotos a céu aberto barracões de obras abandonados e lixos jogados nos matos faz com que as cobras venham em busca do seu alimento predileto o rato. Apesar da saúde pública manter equipes de combate ao roedor, não tem sido suficiente. Pedir a colaboração dos moradores é como pregar no deserto. A doença causada pelo rato é a Leptospirose que é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira.
As leptospiras são bactérias eliminadas pela urina de ratos e outros animais, contaminando os esgotos, as tocas dos animais, o solo e alimentos. Durante as chuvas fortes, os rios, córregos e a própria rede de esgoto transbordam, aumentando assim a possibilidade de contaminação.
No ano 60 a China, um dos países mais populosos do mundo, iniciou a caça aos ratos. Moradores se dividiam por quarteirões, eliminando o roedor.
O governo gratificava os bairros que mais matassem ratos. Aqui em Búzios, pode ter diminuída a proliferação, mantendo as áreas verdes limpas e uma coordenação eficaz do serviço público e a saúde pública ser rigoroso na fiscalização de alimentos. Acredito que esclarecendo e unindo a população com cartilhas de higiene no combate ao roedor diminuiremos esta praga que não terá como escapar.

O rato que atende pelo nome de Recurso
A praga da impunidade, por que eles não ficam presos?
Uma questão crucial quando se trata de pôr fim à impunidade, é a existência de uma infinidade de recursos legais faz com que o rato do erário público escape. Entra em operação uma engrenagem destinada a evitar a todo custo sua condenação. A peça principal dessa engrenagem atende pelo nome de RECURSO. É por onde o rato escapa. Conheça o passo-a-passo de um processo de caça ao rato humano.
1º - Diante de uma denúncia a policia abre um inquérito e dá inicio a investigação.
2º -Encontrados indícios de culpa o inquérito é enviado ao ministério publico, nessa etapa o acusado pode atrasar a investigação com um pedido de liminar(recusando-se a depor por exemplo.)
3º -O Ministério Público denuncia a investigação à Justiça que marca o julgamento. Caso ele resulte em condenação, o acusado pode recorrer a um tribunal de segunda instância.
4º -Se esse segundo tribunal mantiver a sentença, o acusado tem a possibilidade de entrar com um Recurso Especial no Superior Tribunal de Justiça, e ao mesmo tempo com um Recurso Extraordinário no Supremo Tribunal Federal.
5º Anos podem se passar até que o Supremo Tribunal de Justiça julgue o processo: por meio de dispositivos como agravos, embargos e mandato de segurança, a defesa vai protelando o julgamento. Nesse período o acusado continua em liberdade conseguida mediante sucessivos Hábeas Corpus impetrados por seus advogados.
6º - O Supremo Tribunal de Justiça finalmente julga o caso. Ainda que mantenha a condenação, o processo tem que ser enviado ao Supremo Tribunal Federal para que o tribunal aprecie o pedido de Recurso Extraordinário. De novo a defesa pode entrar com pedido de agravos e embargos para atrasar o andamento do caso.
7º -Enquanto aguarda o veredicto final, o acusado continua em liberdade. Com o volume de processos acumulados no Supremo Tribunal Federal, um caso polêmico pode levar até 15 anos para ser julgado dependendo da situação a essa altura o crime já prescreveu e o rato escapa da ratoeira.
Diz o ditado popular” a ocasião faz o ladrão”, os ladrões do dinheiro público estão fazendo a ocasião.
Acabar completamente com a imoralidade publica é uma meta difícil. O que é possível fazer é conseguir chegar ao nível de corrupção que corresponda apenas a fraqueza inerente da condição humana.

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