segunda-feira, 13 de abril de 2009

DIVERSIDADE CULTURAL

Não somos como nos vemos
Thomas Sastre


A construção da política cultural e social, transladou-se da cidade para os meios de comunicação, ilustrando-a apenas em uma tela.
È assim como os meios mostram nosso modo de ser, e ao desenvolvermos respondemos a iniquilação do que é diferente.
Com o propósito deste ano que se festejou no mundo todo o dia internacional da Diversidade Cultural, paira uma esperança, de que a partir de 1º de Janeiro, ao assumir o novo prefeito, e respectivo Secretário de Cultura, recuperaremos a nossa auto-estima cultural, e retomemos a idéia de uma cidade sem fronteiras, reinvindicando os diversos modos de ser de cada cidadão buziano.











Búzios nunca foi uma cidade homogênea, e por isso jamais pode definir-se culturalmente uniforme.mas assim mesmo é um paralelismo com ideário de um município integrado.
Esta cidade passou sua vida dissimulando origens, escondendo embaixo dos tapetes dos governos as diversas etnias que povoaram a aldeia de pescadores, misturando ou liquidando múltiplas identidades, reduzindo grupos sociais com suas tradições.
Selou-se para a nostalgia atual rótulos como “o paraíso buziano”, mas o tempo e a história se encarregam de mostrar-nos na cara que não somos puros como nos vemos.Somos uma farsa ordinária de uma sociedade deslumbrada, sábios e eruditos, apenas isso.
Apesar dessa farsa de falsos valores os nativos, os imigrantes de outros estados e países, marginalizados pela exclusão social, podem suportar o trabalho, e a exploração com mais dignidade de quem os gera.
As expressãoes musicais nas periferias, geram sempre muitos adeptos, mas seu clube de destratores, que é cada parcela da tal dita sociedade buziana recrimina depreciativamente.cada vez que negamos qualquer expressão artítica, damos um passo pra trás na construção de uma cidade verdadeira, para todos, sem fronteiras urbanas intransponíveis, com menos violência, com uma idéia de concórdia e bem estar.















Uma tarefa nada fácil, pois ademais de toda essa riqueza de identidade que povoa o município, considerada pobreza aos olhos do sistema, existe uma expressão cultural que encarna os humildes, e assim mesmo não podem tirar-se de cima o estigma de cidadãos de segunda classe.Estas manifestações que não são pensadas, espontâneas, sem a menor idéia de que podem ser mal divulgadas , a partir das políticas culturais, mais como expressão.Estas depreciadas entendidas como subculturas de bairros, na cidade, não podem passar despercebidas aos olhos dos políticos.Devem plantear-se seriamente sua gestão, tendo em conta a diversidade cultural, como um modo de garantia de que todas essas expressões que se encontram fragmentadas em Búzios, tenham a possibilidade de existir,de ter visibilidade, reconhecimento como uma estratégia política-cultural para não cairem na armadilha da violência, como único testemunho de pertinência, e como aval da voluntariedade de ser bem no meio de uma sociedade que lhe torna difícil a vida em sua plenitude.


A necessidade de planificar calendários e políticas públicas , centralizando-as no eixo da diversidade cultural não implica em trabalhar simplesmente em um suposto âmbito da cultura.Abarca a esfera do político econômico e social de maneira rotunda, poi a negação histórica e sistemática da diversidade mantém até os dias de hoje uma coleção de novos marginalizados, desconectados, diferentes e desiguais. Citando um exemplo, Búzios foi sempre toda direcionada a Rua das Pedras, e o Centro, sempre em destaque, e o resto, sempre o resto.Existem casos de jovens que se desempenham em distintos trabalhos e fixam suas residências em casa de parentes e amigos, que moram no centro, com vergonha de revelar seu bairro de origem periférica.Existem milhares de jovens que não podem ascender a oportunidade de emprego, e são empurrados para uma realidade de ocupações ilícitas, ou diretamente condenados a raízes laborativas por carecer de outras oportunidades, que não seja o comércio ambulante.



O mais problemático, as favelas, os bairros inespugnáveis, os guetos, e mais frequente que sua construção venha de fora dos meios, e por meios da indústria cultural._ que por não terem(eles), seus habitantes, as ferramentas para construir sua própria identidade, seus símbolos, suas verdadeiras representações, seu orgulho pessoal e grupal, acabam se isolando e gerando atitudes de revolta.

Vamos ser claros e com humildade entenderemos o que é a Diversidade Cultural, para aqueles que não sabem ou ouviram cantar o galo mas não sabem aonde.
A diversidade Cultural é um conceito essencial , impulsionado de maneira recente por uma declaração em 2001, e divulgada na Convenção da Unesco em 2004.A Diversidade Cultural não de ve impor-se simplesmente, porque o diálogo entre gente que pensa diferente soa bonito, atrativo exótico, tampouco deve implantar-se porque é um exercício de tolerância, e reconhecimento do outro.A diversidade cultural oferece um entendimento da complexidade do que é fruto de cada cidadão na atualidade, é por isso que deve plantear-se em conjunto, porque a falta de reinvindicação dos grupos sociais, sua omissão, e sua falta de integração na cidade, por parte do governo , equivale a oferece-los como simples objetos das mais variadas formas de exploração ao que pode submete-los o mercado.
(foto de artistas artesãos e o espaço cultural do Cilico)
Inumeráveis cidades e Estados já começaram a modificar-se e a replantar sua história oficial , e nós paramos no tempo.

Para trabalhar em políticas públicas de inclusão de grupos étnicos, desiguais, e diferentes, índios, negros, brancos, mulatos, amrelos, rosas...originários é preciso reconhecer e entender sua capacidade de criação, tais como: os artesãos , balés folclóricos , a música popular , forró, pagode,hip-hop,samba, bandas tradicionais, chorinhos, blocos de carnavais, cinemas nas praças,( como espetáculo), teatros de bairros , festas tradicionais (Sta Rita, Santana), músicas eruditas, escola de cinema de bairros, poesias, escultura, belas artes, circo. A cultura do espetáculo, festival de blues e cinema já tem seus espaços garantidos ,com seus patrocinadores, e seu sucesso absoluto na cultura do espetáculo.

È preciso abrir-lhes caminhos para se constituirem imagens poderosas de si mesmo, através das gestões assossiadas a alianças com políticas sociais, reativar casa de cultura nos bairros, dar-lhes um respaldo e uma segurança cultural séria, programas que garantam a governalidade em calendários artísticos, que promovam a inclusão , que ofereçam alternativas de trabalho e criação.

De fato que aimplementação implica a inversão financeira de parte do município ou estado, em todas as suas inversões, inversão pela qual o municípios argumentaram em todos os governos nunca ter dinheiro, mas isso não é uma razão séria e honesta no mundo atual.Nossos municípios vizinhos, vem investindo fortunas, financiando arte local, e anós , ninguém nos obriga a converter-nos em vítimas.

Para termos uma cultura sólida , além de pessoas preparadas, sem egos, e vaidades, há que se ter um Conselho deliberante da cidade , integrado por pessoas ligadas a cultura, e não a política, evitando-se assim picaretagens culturais.Criar dentro da secretaria o Instituto da Diversidade, um espaço singular e inédito de articulação social e cultural.
Uma idéia que deu certo, em vários países, resolvendo a exclusão social e o analfabetismo em 70 por cento.

Os críticos de plantão, que como sempre vivem atrasados, a fusão da Secretaria de Cultura ao Turismo deu certo em vários países e Estado como a Bahia, atentando ainda para a valiosa colaboração do INEPAC no aspecto de recuperação paisagística e arquitetônica dos municípios, atrváves dos respectivos estudos históricos, gerando desta forma uma nova visão de viabilidade turístico cultural.

Os críticos devem entender que a pasta da cultura não é pra se promoverem socialmente, criticam sem a menor consistência daqueles que fomentam rivalidae e vêem o mal em tudo e em todos, por convenções de lingagem superficiais que se intitulam profundas, o que se espera para o município, é que se construa algo com esperança, e não a farsa cultural que foi imposta pelos governos .

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